quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ADMINISTRAÇÃO E O JOGO POLÍTICO

Tivemos nos últimos Meses, grandes manifestações populares que culminaram na cassação de mandato e impeachman de renomeado político,Entretanto, pelo grande numero de denuncias expostas nas mídias nos últimos dias envolvendo a Administração atual, diga-se em irregularidades variadas, parece-nos que os políticos perderam o medo da intolerância popular,que de certa forma, conseqüência da falta de mobilização da sociedade organizada de Sarandi,

Ao se traçar uma estratégia política, é necessário que se tenha em mente que a política não tem apenas um único espaço no qual vários interesses estão em jogo,
Mesmo sendo motivada pelos mais profundos valores éticos e morais, a ação política é antes de tudo, uma ação dotada de racionalidade. Em outras palavras, ainda que o político seja movido por um forte desejo pessoal de defender uma determinada causa, sua ação deve estar sujeita a determinados “cálculos”, que vão lhe fornecer uma tentativa de antecipar os resultados desta ou daquela atitude.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa Tarde Mineiro...

Parabéns pela sua determinação e empenho em tentar defender esta cidade que necessita do apoio e suporte jornalístico imprescindivelmente necessário para recolocar a dignidade deste povo sarandiense no seu devido lugar de respeito e de direito.

A forma de “gerir” as necessidades sociais exposta no seu post sob a responsabilidade de um “corpo político” local é de uma essência incalculável sob o ponto de vista do desenvolvimento urbano e ambiental de um território ou cidade. Entretanto, fica a desejar este patriótico exercício quanto àquilo que realmente suas propriedades ideológicas preconizam, enquanto promotores legalmente eleitos para esta digna função pública de promover o bem comum em levar melhorias ao povo.

O jogo de interesses e espaços de pactuação de diferenças políticas ou ideológicas é a base do desenvolvimento da democracia participativa e interativa. Só que, como sempre, apresenta vícios ou “vieses” que precisam ser “refocalizadas” pela lente da opinião pública organizada.

Explico. Nem sempre é uma maioria lúcida e entendida que decidem em nome do povo como preceitua a Democracia Republicana, ao contrário, é uma minoria “gabinetista” e sorrateira que definem sem o referendo popular aquilo que é melhor aos seus propósitos escusos e vilipendiador da fé pública.

Val André Mutran, eminente jornalista, tipifica alguns tipos de políticos que concordo com o mesmo, vamos a eles: Há três tipos de políticos:

1- Os eminentes políticos;
2- Os eminentes técnicos;
3- E os traíras (sinônimo de Judas).

Os traíras detém o maior poder. Explico:

1- Traem acordos, ao pensar que são eminentes políticos;
2- Traem a razão, ao pensar que o preparo resolve os problemas de seus liderados;
3- Sobra o traíra, que balança de acordo com a conveniência. Trai, pois se não o fizer será engolido pelo político e escorraçado pelo técnico.

Ao que se percebe no cenário político como um todo, este terreno não é feito para “amadores”, bem como para “bisbilhoteiros de plantão” é algo tão gigante e abrangente que trabalha, primeiramente, com as três estruturas da psique humana freudiana - o ego, o id, superego – melhor dizendo, a vaidade humana. Por isto estas suas belas exposições se trata do campo psico-sociológico da ciência humana e não exata como a matemática.

Max Weber resume esta “Relação de Poder” entre “Política” e “Políticos” magistralmente assim: “...A política obtém assim a sua base no conceito de poder e deverá ser entendida como a produção do poder. Um político não deverá ser um homem da "verdadeira ética católica" (entendida por Weber como a ética do Sermão da Montanha - ou seja: oferece a outra face). Um defensor de tal ética deverá ser entendido como um santo (na opinião de Weber esta visão só será recompensadora para o santo e para mais ninguém). A esfera da política não é um mundo para santos. O político deverá esposar a ética dos fins últimos e a ética da responsabilidade, e deverá possuir a paixão pela sua atividade como a capacidade de se distanciar dos sujeitos da sua governação (os governados)...”.

Portanto, as estratégias aclamadas no seu post têm reconsiderar estas multipolaridades que abrangem o contexto dialético da política em si como processo social de implantação de políticas públicas e promotoras do resgate da cidadania de nossa gente. Enfim, será preciso não só representatividade política de fato e de direito, mas, também, participalidade pública atuante e progressista para não ficarmos apáticos frente ao caso do “Lixão de Sarandi” que nos causam comoção e in e vergonha municipal.