quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O preço da Credibilidade...

magine o quanto não seria mais fácil se fossemos iguais. Só que a natureza encontrou um mecanismo interessante de haver evolução na terra, fazendo com os diferentes se interatuem e se aperfeiçoem.

Em Genesis, 1:27, “...Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou...”. Esta sábia fala demonstra claramente a nossa semelhança com o Criador, mas como anda nossa política da boa vizinhança com o próximo?

Na luta incansável pela sobrevivência urbana aprendemos a sermos “predadores de plantão” atirando para todo o lado e esquecendo até de que tribo somos. É a vida pela vida e não uma vida pelas vidas próximas.

Diante destas deixas proverbiais e desta incontrolável “cultura urbana” percebemos que aquilo que conquistamos em busca da tão sonhada “credibilidade” é simplesmente, vaidade e correr atrás do vento.

Vivemos uma luta incansável para permanecer, muitas das vezes, apenas no mesmo lugar. Ou seja, a primeira vez, também pode ser a última chance (Renato Russo).

Não bastar sermos capazes, é preciso superar sempre. Até onde vai o limite da ambição para alcançar a almejada credibilidade ilusória sem que façamos alguma coisa de fato por aqueles que que são esquecidos, ou seja, a população?

Os desafios de uma cidade como Sarandi precisa extrapolar a essência egoísta da interminável luta do “poder pelo poder”, mas quem irá lançar está pedra fundamental de redenção das conflitantes elites políticas para que falem uma língua convergente de ações e atitudes para o futuro de um povo?

Dizem que cada “...um puxa a sardinha para sua panela...”. Entretanto, esquecem de compartilhar desta “sardinha” quando assumem seu sonhado cargo ou chefia sem pestanejar.

Aprendem, infelizmente, a gostar desde cedo de serem “bajulados” e não mais de serem orientados com prudência e responsabilidade frente ao planejamento sustentável de uma cidade. Daí, viciam-se no poder.

Robert Michels, em 1912, já testemunhava que “a centralização administrativa evita ou abafa as iniciativas que poderiam partir das bases. Os dirigentes esforçam-se em dissolver as oposições virtuais, quer absorvendo os seus líderes, quer livrando-se deles”. Analise bem atual, não acham?

Portanto, uma credibilidade sem causa e propósito se torna uma tiro no escuro para a opinião público naquilo que a “classe política” tenta defender. Pois, certamente esta virtude não germina de um só ser social, mas de uma coletividade que através das suas diferenças entenderam o verdadeiro significado de se fazer justiça social com responsabilidade e isenção, ou seja, do povo e para o povo e não de grupos para grupos.

Por

Dr. Allan Marcio

Conselheiro Municipal

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