quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Óleo é jogado em lagoa de Sarandi; limpeza custará cerca de R$ 25 mil

Cerca de 30 mil litros de óleo queimado foram despejados nas duas lagoas de tratamento de esgoto sanitário de Sarandi, localizadas na área rural, distantes cerca de quatro quilômetros da área urbana, contaminando o Ribeirão Sarandi, que deságua no Rio Pirapó, de onde é captada água para o abastecimento da população de Maringá.
A Polícia Civil investiga as empresas da região que trabalham com a destinação desse tipo de resíduo.
O descarte clandestino foi descoberto na sexta-feira, o que obrigou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente a agir rápido para evitar que o óleo escorresse para o ribeirão.
"Nossa primeira ação foi contratar uma empresa especializada para fazer a captura do óleo antes que aumentasse a contaminação do rio, e imediatamente registramos queixa na polícia e comunicamos ao Ministério Público do Meio Ambiente e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP)", informou o secretário Antônio Del Nero.
De acordo com o secretário, somente empresas licenciadas podem fazer a retirada de resíduos do petróleo, como graxas e óleo usado, junto a oficinas, lava jatos e postos de combustíveis. "Depois de recolhido junto às empresas, o material deve ser repassado a uma empresa com licença especial para fazer o transporte até a destinação final, na região de Curitiba".
Na região de Maringá há apenas uma empresa autorizada para trabalhar nessa área, mas outras acabam recolhendo o óleo ou graxa e jogando em lugares ermos ou na rede de galerias de águas pluviais, provocando a contaminação de córregos e rios.
O ato irresponsável redundou em prejuízos para a prefeitura. Além de equipes terem que trabalhar no fim de semana e no feriado da Proclamação da República, ainda terá que ser paga a empresa que fez a retirada do óleo, despesa que poderá chegar a R$ 25 mil. "A retirada ainda não está concluída, mas já conseguimos impedir que o óleo continue chegando ao rio".

Problema antigo
Para Del Nero, o descarte clandestino de óleo queimado foi o aviso final para obrigar a prefeitura a proteger as lagoas . "Como estão em um local isolado, as lagoas têm recebido muitos derrames clandestinos, principalmente à noite, praticados por empresas que recolhem gordura e óleo de cozinha saturado", informa.
"Mas estamos notificando a autarquia Águas de Sarandi, proprietária das lagoas, para que encontre um meio de manter a vigilância do local". A Secretaria do Meio Ambiente vai pedir que a área seja cercada e seja mantida vigilância constante.

Destino
R$ 530 é o valor cobrado, por tonelada, para transportar o óleo de Maringá para Curitiba O Diario

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