O Ônibus Odontológico e os equipamentos, comprado em 2003, na primeira gestão do prefeito Cido
Spada (PT), custou R$ 70 mil e deveria prestar cerca de 2.500
atendimentos por mês nos bairros de Sarandi, levando ainda outros
serviços de saúde. Foi apresentado como uma revolução na saúde pública
do município e apresentado em três inaugurações.
A forma como a compra foi realizada está sob suspeita. Por causa das
possíveis irregularidades ocorridas na época é que a unidade nunca foi
usada. A empresa Saúde Sobre Rodas, que vendeu o equipamento, e a
Prefeitura de Sarandi integram o relatório final da Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito das Ambulâncias, que ficou conhecida como CPMI das
Sanguessugas.
A unidade móvel foi vendida por empresas que pertencem a um grupo que
na mesma época foi acusado de fraudar licitações nos moldes
semelhantes aos da Planam e foi paga com recursos oriundos do
Ministério da Saúde, com contrapartida de 10% da prefeitura.
O prefeito Carlos de Paula autorizou a entrega de todos
os documentos solicitados pela Polícia Federal, mas acha que é
impossível recuperar o equipamento, pois além da deterioração do
ônibus, praticamente tudo que existia no interior desapareceu.
Existia dois gabinetes odontológicos dotados de cadeiras odontológicas
semi-automáticas, estufas para esterilização, refletor odontológico,
lavatórios, cuspideiras com sugador de ar, armários, equipos com
seringas tríplices com saída para alta e baixa rotação e bandeja
auxiliar.
"Se houve algum motivo que impediu o uso dos gabinetes odontológicos
na época, o ideal era que se tivesse o cuidadO de proteger o
equipamento para que ele estivesse em condições de uso quando fosse
liberado", afirmou, citando que o tratamento dado à unidade móvel é uma
demonstração de desrespeito com o dinheiro público
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