quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sarandi poderá ter Perdas de R$ 1,5 mi por ano

A Prefeitura de Sarandi contesta o resultado parcial do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou a cidade mais populosa da região metropolitana de Maringá com pouco mais de 81 mil habitantes.
Com a população abaixo dos 90 mil, a administração municipal calcula que deixará de receber cerca de R$ 1,5 milhão por ano do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Atrelado à arrecadação do governo federal e pago de acordo com a população do município, o FPM repassa atualmente Sarandi uma média de R$ 2 milhões por mês. Nos cálculos da Secretaria Municipal da Fazenda, com mais de 90 mil habitantes a cidade receberia entre R$ 100 mil e R$ 120 mil a mais por mês. "Nossa reação foi de profunda perplexidade", comenta o secretário de Comunicação de Sarandi, Geraldo Irineu.
O IBGE encerrou os trabalhos de Censo em Sarandi ontem. O instituto não divulgou os dados, mas a reportagem obteve a informação de que seriam 81.203 habitantes e que, na cidade, em 544 casas os moradores não foram localizados.
Aplicando a média de três moradores por residência - usada pelo IBGE - a população chegaria a 82.835. Sobre esse número, a perda seria de 2% em relação aos 84.651 habitantes da estimativa de 2009.
Inconformado com a perda populacional, o prefeito Carlos Alberto de Paula Júnior (PDT) convidou o chefe do Censo 2010 em Sarandi, Marcos Antônio Nelo, para explicar a ele e ao secretariado sobre os trabalhos feitos pelo IBGE na cidade.
Há o receio de que moradores de Sarandi tenham sido computados para Maringá, assunto que será tratado em reunião agendada para a próxima segunda-feira.
Nelo admite que no limite entre os dois municípios causou confusão entre os recenseadores. "Pelo que apuramos, cerca de mil pessoas de Sarandi foram contadas para Maringá. Mas isso ocorreu em um limite territorial que ainda precisa ser aprovado", diz o chefe do Censo na cidade.
A explicação, dada ontem ao secretário de Comunicação, convenceu. "O número de residências apresentado pelo IBGE é muito próximo das ligações de água e de energia. A perda em relação ao limite com Maringá talvez nem chegue a mil pessoas", diz Irineu.
O entendimento de onde termina Maringá e começa Sarandi é um problema antigo, que começou a ser solucionado no encontro entre os prefeitos Sílvio Barros (PP) e De Paula no dia 22 do mês passado. O acordo político veio após um trabalho conjunto de equipes técnicas das duas prefeituras.
"Foi feito um levantamento técnico na área central do limite, entre os ribeirões Sarandi e Pinguim", explica o secretário de Urbanismo de Sarandi, Elton Eidy Toy.
Entre os dois córregos o limite era definido por uma linha reta imaginária, que deixava bairros e novos loteamentos na indefinição sobre qual município pertenciam. Sílvio Barros cedeu de modo que Sarandi - que é um dos menores municípios do Paraná - ficasse com a maior fatia.
"Ficou definido que o Parque Alvamar e o Jardim Novo Panorama passam a pertencer 100% a Sarandi", diz Toy.
O Secretário de Comunicação de Maringá, Francisco Maravieski diz que há consenso entre as partes e que, dessa forma, o laudo técnico deve ser aceito pelos vereadores.
"Depois de passar pelas câmaras municipais, a definição do novo limite territorial será encaminhada para aprovação na Assembleia Legislativa", explica o secretário. Aprovação que vai ficar para 2011.

Área
103 km é a extensão territorial do município de Sarandi, um dos menores do Estado O Diário

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