sexta-feira, 8 de abril de 2011

Candidata a mulher mais velha do mundocom 114 anos sobrevive com salário mínimo em Minas Gerais

Uma idosa de Carangola, em Minas Gerais, disputa o recorde de mulher mais velha do mundo. Familiares da mineira, que teria 114 anos, afirmam que a mulher nasceu antes da americana Besse Cooper, que atualmente detém o título. Segundo parentes, a mineira seria um mês e 17 dias mais velha.
O nascimento de Maria Gomes Valentim, de acordo com documentos apresentados,foi registrado no dia 9 de julho de 1896. Cooper nasceu em 26 de agosto daquele ano.

O trâmite para o reconhecimento se iniciou com contato feito por uma organização americana que pesquisa os “supercentenários” pelo mundo denominada “Gerontology Research Group”.
De acordo com Taís Nolasco, uma das bisnetas de Valentim, a mulher será alvo de uma pesquisa para atestar a sua idade. “Eles pediram a cópia da certidão de nascimento dela e uma foto. Eles já receberam o material e também já o encaminharam para o pessoal do Guinness Book (livro dos recordes mundiais). Segundo me disseram, viria uma equipe aqui para verificar se os documentos são legítimos e se ela está realmente viva”, disse.

Sobrevivendo com salário mínimo



Além do reconhecimento, a família pretende buscar apoio financeiro para custear as despesas mensais, que giram em torno de R$ 2,5 mil, relativos aos cuidados que a idosa requer. Parentes tentam também auxílio para que a casa onde ela reside seja reformada e adaptada com mobiliário que facilite o dia a dia da mulher. Um tombo e a quebra do fêmur, há cinco anos, deixaram-na com mobilidade reduzida. Atualmente ela se locomove com cadeira de rodas.
"Ela recebe um salário mínimo de aposentadoria, é muito pouco. A pessoa que conseguiu chegar aos 100 anos, em um país igual ao nosso, tinha de ter um benefício diferenciado para cuidar da própria vida”, argumenta Taís, que explicou não conseguir ingressar a bisavó em um plano de saúde particular por ser “inviável” do ponto de vista financeiro. Segundo ela, a conta chegaria a R$ 1,8 mil mensais.
Conforme a bisneta, o acompanhamento médico da bisavó é feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). "Você chegar à idade que ela chegou e sobreviver com R$ 545, chega a ser um absurdo",  disse.

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